meningite

3704 palavras 15 páginas
1. INTRODUÇÃO.
Doenças contagiosas são descritas desde a Antigüidade, onde grandes epidemias (lepra e peste negra) assolaram a Europa. Até o século XIX coexistiam duas concepções de doença: ontológica e dinâmica. Na primeira a doença era algo externo ao homem, com origem natural ou sobrenatural (ar, objetos, outros indivíduos), e castigo dos deuses para a impureza espiritual humana. Pensava-se num “... esforço de expulsão da doença por meio de tratamentos mágicos...”, postura contemplativa onde a ação terapêutica era a expectativa de que a natureza se incumbisse da cura. No isolamento visava-se a proteção do corpo contra influências maléficas de origens distintas (os miasmas), influências divinas e astrológicas. Na segunda a doença resultava do desequilíbrio entre as forças vitais, no interior do homem, vindo de um desarranjo entre os quatro humores presentes no planeta: a terra, o ar, a água e o fogo. Nesta época já existia a noção de contágio, pois os que cuidavam dos doentes acabavam adoecendo, levantando a suspeita de que isso ocorria pela proximidade com o enfermo. Tal conceito ampliou-se mais nos séculos XIV e XV com o uso de máscaras e fumigação (para evitar a aspiração de odores poluidores do ar). Foi também instituído o exílio e a exclusão dos doentes do convívio social. A quarentena consistia num período de 40 dias de contenção dos navios que chegavam de regiões epidêmicas que, atracados nos portos (com tripulantes e mercadorias), eram observados se apresentavam ou não doença.
Para Fracastoro (séc. XVI) o contágio era uma corrupção similar em ambos, portadores e receptores, causada por infecção de partículas imperceptíveis, denominadas semminaria, transmitidas de forma direta através da pele, indireta por meio de objetos, ou à distância sem mediação. A doença deixou de ser considerada resultado de desequilíbrio do corpo humano ou da natureza. Com o desenvolvimento da bacteriologia, microbiologia e o nascimento da clínica, no final do século XVIII, os

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