Menelau e os homens
PAULO ANDRÉ CORREIA
Resumo
Este texto apresenta uma breve leitura do livro de Dênisson Padilha Filho, Menelau e os homens (2012). O foco de análise são os cruéis ritos de passagem encenados nas duas narrativas que compõem o livro. Em Menelau e os homens, novela homônima, encena-se o ritual de Davi. Calumbi, o rito de morte de D. Emiliana, a matrona que enlouquece com a decadência de seu ambiente, uma fazenda incrustrada do sertão baiano e nordestino. Nosso objetivo maior foi apresentar uma vereda de leitura de um jovem autor baiano que revigora as possibilidades da literatura produzida na Bahia.
Introdução
Este trabalho apresenta uma leitura do livro de Dênisson Padilha Filho, Menelau e os homens, publicado pela Editora Casarão do Verbo em 2012. O livro traz duas narrativas, a novela homônima e “Calumbi”. Ambas exploram o ambiente e o imaginário sertanejo. O livro de Dênisson revela que a literatura baiana constitui-se como espaço plural e aberto a muitas possibilidades narrativas, o que vem da própria diversidade da cultura baiana.
Dênisson inscreve no atual cenário literário baiano como o que fala de outras épocas, de outros chãos. Dênisson nos apresenta uma narrativa em que o sertão aparece “dotado de poesia e lirismo, onde os vaqueiros encourados reinam soberanos (...)”. O livro em questão, lemos sob o signo de rito de passagem. Ambas as novelas trabalham situações extremas dais quais os personagens saem transformado.
Estruturamos este trabalho em três seções: Na primeira, esboçamos um mapa da atual literatura baiana para contextualizar a ficção de Dênisson Padilha Filho, na segunda apresentamos alguns dados sobre o autor e também aspectos de leitura de sua ficção, na terceira analisamos as narrativas do livro que colocamos em foco.
Menelau e os Homens e a Literatura baiana
Antes de nos debruçarmos sobre o Menelau e os homens (2012), de Dênisson Padilha Filho. Estabeleceremos uma relação de sentido entre ele