Memórias sentimentais de João Miramar
O autor Oswald Andrade (1890 -1954), escreveu teatro, prosa e poesia, foi precursor do Movimento Modernista, teoricamente inaugurado na “Semana de Arte Moderna” de 1922. Dentre as obras mais conhecidas estão “O rei da vela” (teatro), “A poesia Pau Brasil” (livro de poesia), “Serafim Ponte Grande” (romance), “Memórias sentimentais de João Miramar” primeiro grande romance da prosa modernista brasileira, escrito entre 1916 e 1923, publicado em 1924. Oswald se destaca no Modernismo transgredindo as formas convencionais.
Enredo
João Miramar protagonista, muitas vezes narrador, sugere uma história simples desde sua infância (percebe-se pela linguagem de criança) passa pela adolescência com tendências para a boemia, sua primeira viagem para Europa a bordo do navio Marta. A partir daí o romance é como se fosse um diário de bordo, mostra o cosmopolitismo dos pontos turísticos da Europa. Volta ao Brasil por causa do falecimento de sua mãe, casa-se com prima Célia, tem uma filha Celiazinha, mesmo assim mantém um romance paralelo. Ao longo dos capítulos perpassa pelos principais fatos da sua vida, separação conjugal, falência econômica, seu amadurecimento, morte da ex esposa, recuperação da fortuna e guarda da filha. O eixo central do livro é a crítica à burguesia. O interesse do pai pela filha se deu somente depois da morte da mãe, por motivos como herança e assistência doméstica. Onde se deu também a utilização do dinheiro público em benefício particular.
A linguagem fora do padrão como ironia e crítica as outras escolas literárias que o antecederam. Também fazem parte das inovações figuras de linguagem, metonímia, onomatopeias, hipérbato, aliteração, paradoxo, prosopopeia, sinestesia, trocadilhos.
Personagens
Sobre elas sabemos apenas o nome, nenhuma característica psicológica ou física. Têm independência, e uma não interfere na evolução da outra, carregam um traço em comum que é o apego pelo dinheiro, a partir dessa