Memórias sentimentais de joão miramar
Memórias sentimentais de João Miramar é um romance[->0] escrito por Oswald de Andrade[->1], publicado em 1924[->2], o qual inclui uma mescla de gêneros. É considerado uma das mais importantes obras do movimento modernista brasileiro[->3], nascido na Semana de Arte Moderna de 1922[->4]. Estrutura
O livro é composto por 163 fragmentos, os quais são escritos em diversos estilos: missivas, poemas, citações, diálogos, fórmulas-padrão (convites, anúncios, etc), impressões, relatos de viagem, cartões-postais, etc. A seqüência dos fatos não é direta, como na prosa tradicional à qual se contrapõe o livro, mas subliminar, que trespassa os diversos fragmentos, mesmo os que não se referem diretamente à história pessoal do protagonista.
Enredo
O romance acompanha a vida de João Miramar, uma espécie de caricatura do homem paulistano das classes mais abastadas - herdeiro da cultura do café, avesso às coisas brasileiras e fascinado pelo que é estrangeiro - à época da juventude de Oswald de Andrade.
João Miramar passou a infância em São Paulo. Órfão de pai, foi criado sob a influência da mãe, religiosa e austera, à qual ajudava uma “preta pequenina (...) de cabelos brancos”, de nome Maria da Glória. Iniciou seus estudos em uma escola mista, mas logo em seguida foi transferido para um colégio de rapazes, onde iria conhecer alguns personagens que lhe acompanhariam ao longo da vida: José Chelinini e Gustavo Dalbert. Dalbert partiu para a Europa, e pouco tempo depois o próprio Miramar a ele se juntaria em Paris. Na viagem, apressada pela mãe por conta de uma doença que lhe abatera à senhora, Miramar conhecer a Europa, peregrinando por diversas cidades e retendo-se com mais vagar em Paris e Londres. Sua viagem é abreviada por um telegrama pedindo que ele retornasse ao Brasil.
Ao chegar em São Paulo, sua mãe havia falecido. Por ocasião dos funerais, Miramar reencontra a prima Célia e apaixona-se. Ele volta à Fazenda Nova Lombardia, de