Memórias de um orientador de tese (resenha)
É um texto no formato ensaio. O autor busca refletir sobre suas experiências como orientador de monografias, dissertações e teses. O texto foca nos mestrandos que vão construir suas pesquisas. Para o autor, não existe um estilo melhor ou pior de orientação. Entretanto, existem caminhos equivocados ou mais complexos. A partir disso, o texto discute o que não é tese e alguns problemas percebidos e que ocorrem com frequência no processo de Orientação. Neste sentido, a intenção do autor é “discutir problemas de qualidade” (p.308).
O texto é bastante fácil de ler em questões de complexidade, não havendo leituras prévias necessárias. Trata-se do momento da pesquisa, o que auxiliará no momento de determinar o tema e os recortes de minha pesquisa.
O autor classifica cinco tipos muito comuns de teses pelos quais é muito fácil apresentar problemas com a qualidade: a) Propostas, planos ou reformas (“é necessário quebrar a tradição de redigir documentos em jargão legal, onde se descreve aquilo que gostaríamos que fosse a realidade”. p.309); b) teses didáticas (“esse não é o momento de ensinar, de congelar o conhecimento, mas sim de desafiá-lo, de alargá-lo”. p.309); c) teses de revisão bibliográfica (”é o primeiro capítulo de uma tese e não a própria”, p.309); d) teses de levantamento (onde se medem ou constatam certos parâmetros da realidade. “a coleta não deve passar de uma fase inicial da pesquisa; o exame a reflexão sobre o nexo que há entre esses dados que correspondem ao nobre processo de pesquisa científica”, p.310); e) Teses teóricas (“impõe um grande desafio, e um desafio que o aluno deverá realisticamente avaliar”, p.311).
Na opinião do autor, a forma mais adequada, não livre de erros, mas com maiores chances de acerto, e que se comprometem com o espírito científico, isto é, alia qualidade a