Memorias de um sargento de milicias
Memórias de um sargento de milícias é um romance de Manuel Antônio de Almeida. Foi publicado originalmente em folhetins no Correio Mercantil do Rio de Janeiro, entre 1852 e 1853, anonimamente. O livro foi publicado em 1854 e no lugar do autor constava "um brasileiro". A narrativa de Memórias de um sargento de milícias, de estilo jornalístico e direto, incorpora a linguagem das ruas, classes média e baixa, fugindo aos padrões românticos da época, onde os romances retratavam os ambientes aristocráticos. A experiência de ter tido uma infância pobre contribuiu para que Manuel Antônio de Almeida desenvolvesse a sua obra. Destaca-se, ao lado de O filho do pescador de Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa e A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, entre as primeiras produções românticas da literatura brasileira.
3 2.Vida e Obra do Autor
Filho do tenente Antônio de Almeida e de Josefina Maria de Almeida. Seu pai morreu quando Manuel Antônio tinha dez anos de idade. Concluiu a Faculdade de Medicina em 1855, mas nunca exerceu a profissão. Dificuldades financeiras o levaram ao jornalismo e às letras. Foi redator do jornal Correio Mercantil, para o qual escrevia um suplemento, A Pacotilha. Neste suplemento publicou nas páginas dos folhetins sua única obra em prosa de fôlego, a novela Memórias de um Sargento de Milícias, de 1852 a 1853, em capítulos. Em 1858, foi nomeado diretor da Tipografia Nacional. Lá, conheceu o jovem aprendiz de tipógrafo Machado de Assis.Procurou iniciar a carreira na política. Quando ia fazer as primeiras consultas entre os eleitores, morreu no naufrágio do navio Hermes, em 1861, na costa fluminense.
Memórias de um sargento de Milícias, de 1852, foi seu único livro. Retrata as