Memorial justificativo do projeto
Aspectos conceituais do tema
O conceito do projeto se dá ao tema, que neste caso é casa refúgio. A casa refúgio é uma segunda casa destinada ao acolhimento dos usuários no período de tempo livre (fim de semana, feriado ou pequenas férias). É nesta casa que os usuários se refugiam das rotinas ligadas ao modo de vida essencialmente urbana, caracterizada, na maioria das vezes por longas jornadas de trabalho com a geração de algum grau de estresse. Este espaço destina-se ao usufruto do ócio – descanso – ou ao lazer, seja passivo ou ativo. Como espaço que se contrapõe ao modo de vida urbano, a segunda casa normalmente se localiza em sítios com fortes atributos naturais: beira-mar, montanha – serra, floresta, neve, à margem de um lago ou rio.
Em sua gênese, a casa refúgio é mais uma das invenções burguesas que fizeram sua ascensão social a partir da revolução industrial. Historicamente, pode se dizer que a burguesia inglesa cria conceitos de conforto, privacidade e lazer, introduzindo hábitos e costumes que influenciam todo o modo de vida ocidental até os dias de hoje.
Analisando o perfil da clientela, sendo o pai escritor, sua esposa e seus dois filhos (menina de 7 anos e o menino de 5 anos), por onde eles procuram tranqüilidade, preservação e privacidade e uma casa arejada, o terreno se encontra localizado próximo a
Estrada Juru mirim, e faz divisa com o Rio Coxipó. Sua área é de 119,025m2.
Partindo para o programa arquitetônico e suas relações, iniciemos pelo acesso principal da casa, sendo a sua imensa sala de estar com espaços de circulação superior ao limite mínimo, para dar a sensação da liberdade, já que é um dos conceitos da família. A mesma,está conjugada por um Home Office, por onde será ocupado pelo escritor da casa.
Ainda tendo uma ligação direta com os dois quartos (quarto do casal, quarto dos filhos), e um banheiro social que servirá toda a família, e também com a cozinha conjugada com a sala de jantar bem espaçosas.