Memorial de cálculo
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Por Adriano Pasqualotti A contingência do memorial Desde 1993, quando concorri pela primeira vez a uma bolsa de iniciação científica da Fapergs, escrevo e reescrevo o Curriculum Vitae. Todavia, memorial descritivo, é o primeiro que elaboro. Procurei seguir as orientações de Irany Novah Moraes (1992) e Edivaldo Machado Boaventura (1995) para a elaboração do meu memorial, o qual será apresentado à coordenação do Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação para o processo seletivo ao Curso de Doutorado em Informática na Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Elaborar um memorial descritivo é reconstituir a própria existência. Essa não é uma tarefa fácil, pois, na opinião de Moraes (1992), memorial é um retrato crítico do indivíduo visto por múltiplas facetas através dos tempos, o qual possibilita inferências de suas capacidades. De acordo com Boaventura, “memorial é não somente crítico, como autocrítico do desempenho acadêmico do candidato. Crítica que conduz forçosamente à avaliação dos resultados obtidos na trajetória da carreira científica” (1995). Portanto, para elaborar o presente memorial levei em conta as condições, situações e contingências que envolveram o desenvolvimento dos meus trabalhos aqui expostos. Procuro destacar os elementos que, marcados por quebras de paradigmas, por coerências e incoerências e por meio das relações estabelecidas com o mundo, possibilitaram a construção de minha vida profissional. Além de considerar este memorial auto-avaliativo, acredito que ele acaba se tornando um instrumento confessional de meus sonhos. O início Sou o quarto filho de uma família de quatro irmãos – mesmo que sempre tenhamos nos relacionado muito bem, uma de minhas maiores frustrações é não ter tido uma irmã. Meu pai, hoje aposentado, era funcionário da Companhia Estadual de Energia Elétrica