Membros superiores
10/06/2008
L.E.R. representa uma síndrome de dor nos membros superiores (porém, não somente), com queixa de grande incapacidade funcional. É causada, principalmente pelo próprio uso dos membros superiores em tarefas que envolvem movimentos repetitivos ou posturas forçadas. Também é conhecido por L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo) e por D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho).
Essas lesões vêm de data antiga. Eram conhecidas desde a Idade da Média como a “Doença dos Escribas”, em decorrência da atividade dos mesmos. Em 1891, houve quem descrevesse o “Entorse das Lavadeiras”.
O excessivo uso das extremidades superiores sem descanso e com movimentos repetitivos ou forçados pode afetar até a produtividade do funcionário. A maior incidência de L.E.R. ocorre entre digitadores, operadores de telemarketing, secretários, jornalistas e bancários, entre outros profissionais. Deste grupo identificado como de alto risco, as mulheres são as que mais sofrem. De acordo com o INSS, o sexo feminino exerce mais profissões com tarefas de caráter repetitivo do que os homens.
Em pesquisa recente, a OMS (Organização Mundial de Saúde) constatou que, no Brasil, a L.E.R. é a segunda causa de afastamento do trabalho. A cada 100 trabalhadores brasileiros, um é portador desse mal. Já nos Estados Unidos a proporção vai de 1 para 50 trabalhadores.
As "LER" nos escritórios (digitadores) e ambientes industriais (linhas de produção) são as doenças que mais crescem e se espalham atualmente; o Custo de compensação/indenização variam entre US$ 3.500,00 a US$ 35.000,00 por caso; os 3 maiores fatores de risco das "LER" são: tarefa repetitiva, força e postura. A incidência de "LER" pode ser significativamente reduzida por medidas preventivas.
A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as lesões causadas pelo esforço repetitivo no trabalho se enquadram nos casos de indenização previstos pelas coberturas