Mem Rias P Stumas De Br S Cubas 1
Adaptação: Neto Sobral e Talita Leão
A peça se inicia com a entrada do funeral de Brás Cubas, as pessoas e entes queridos estão envolta do caixão. O caixão deve estar vazio, pois o personagem principal entrará logo após que os outros personagens estiverem no palco. O clima será de tristeza, com uma música de fundo, típica de um funeral.
Entra Brás Cubas e fala, o restante dos personagens se encontram em posição de gelo.
CENA 1
(Brás Cubas) - Por algum tempo fiquei em dúvida se deveria começar essas memórias pelo princípio ou pelo fim. Isto é, se eu contaria antes o meu nascimento ou a minha morte. Normalmente se começa uma história pelo começo, mas decidi começar pelo fim. Por dois motivos, 1º: é que como eu ressuscitei para ser o autor dessas memórias, eu não sou um autor-defunto, mas um defunto-autor. A sepultura para mim foi outro berço. 2º: é que a história fica renovada e moderna. Moisés que também contou sua morte na bíblia, começou pelo nascimento e não pela morte. Aliás essa é uma diferença radical entre minha história e a bíblia.
(Quincas Borba) – A natureza parece estar chorando a perda de um dos mais belos caracteres que honram a humanidade.
(Brás Cubas) – Eu tinha 64 anos bem vividos, era solteiro e tinha dinheiro. Ao bom amigo que vocês podem ver fazendo o discurso, deixei uma bela quantia, não me arrependo.
(Quincas Borba) – Tudo isso é o sublime louvor ao nosso ilustre finado.
CENA 2
Esta cena, se passa dentro do quarto de Brás Cubas, onde ele está ainda vivo, e ver Virgília. As pessoas que estão no funeral, deverão estar no mesmo cenário.
Narrador(a): Assistiram a partida do Senhor Brás Cubas algumas poucas pessoas, entre elas uma senhora. Estavam lá o médico da família, o amigo que vocês viram falando no enterro dele, uma piedosa vizinha e a tal senhora.
(Virgilia) – Morto, morto.
CENA 3
Narrador(a): Mas como não existe velhice sem infância, e com infância se imagina nascimento, voltamos então para o dia 20 de