Meios Utilizados em Micologia
Os fungos, por viverem em ambientes diferentes, apresentam grandes diferenças quanto às suas necessidades nutricionais. Por esta razão, não existe um meio de cultura universal capaz de ser utilizado para todos os fungos. O meio de cultura ideal seria naturalmente o que mais se assemelha ao substrato no qual o fungo ocorre na natureza.
Apesar disso, pode-se aprender muito sobre um determinado fungo quando cultivado em um meio de cultura artificial. Através do isolamento de culturas obtidas em meios de cultura podemos comprovar, por exemplo, a patogenicidade de um fungo fitopatógeno, isolando-o, inoculando-o e reisolando-o. Pode-se ainda, realizar importantes estudos sobre fisiologia, bioquímica, genética, controle biológico, influência de vários fatores (pH, temperatura, nutrientes, etc.) sobre o crescimento e reprodução, efeito de substâncias como fungicidas e muitos outros.
As características apresentadas pelas colônias fúngicas puras em meios de cultura, tais como: cor, diâmetro, aspecto, bem como por suas estruturas (esporos, hifas, conidióforos, etc.), constituem elementos vitais no reconhecimento e identificação dos fungos.
Meios de cultura constituídos de compostos quimicamente definidos são denominados meios sintéticos. Como consequência da definição, as substâncias químicas presentes e a concentração química destas no meio de cultura são conhecidas. Por outro lado, meios de cultura que contenham extrato de levedura, peptona ou outras substâncias não quimicamente definidas ou material vegetal ou, até mesmo,animal (sangue, por exemplo) são denominados de meios naturais. Consequentemente, as substâncias químicas presentes e a concentração destas, neste meio de cultura, não são conhecidas exatamente.
O crescimento fúngico nos meios naturais é, geralmente, muito melhor do que em meios sintéticos, contudo, têm a desvantagem de não poderem ser repetidos indefinidamente e exatamente iguais aos utilizados em