Meios de transporte
O transporte de mercadoria é um elemento básico na definição do espaço industrial dos países. O custo dos transportes incidem sobre os custos das matérias primas industriais e também sobre o custo das mercadorias finais que chegam aos consumidores.
Sistemas de transporte modernos , eficientes e baratos geram um espaço fluido, integrando o território. As possibilidades de localização das fábricas são multiplicadas e contribuem para a dispersão industrial. No limite, todos os lugares são bem localizados.
Em condições ideais, a relação de custos de transportes é amplamente favorável às hidrovias e ferrovias. Teoricamente, o custo do transporte por navio é três vezes menor que o ferroviário, nove vezes menor que o rodoviário e quinze vezes menor que o aeroviário. O transporte por navio depende da presença de vastas extensões de cursos d’água navegáveis durante todo o ano.
As ferrovias revelam grande vantagem sobre as rodovias em condições de relevo pouco acidentado e nas grandes distâncias, que compensam os custos de carga e descarga inerentes a um meio de transporte incapaz de fazer trajetos porta a porta.
No Brasil, o predomínio do transporte rodoviário de cargas não encontra paralelo em nenhum outro país industrializado de dimensões continentais. Aqui as ferrovias predominaram até a Segunda Guerra, quando trens percorriam o trajeto interior - litoral, carregados de produtos agrícolas ou minerais e geralmente retornavam vazios. Quando a economia brasileira substituiu o modelo agroexportador por um modelo urbano - industrial, a rede ferroviária decaiu. As velhas áreas produtoras de matérias-primas e gêneros agrícolas de exportação perderam importância e os trens perderam a carga.
O desenvolvimento do modelo rodoviário baseou-se em duas estratégias complementares. De um lado, foram criadas as grandes rodovias de integração nacional, destinadas a interligar o Centro-Sul ao Nordeste e ao Centro-Oeste e, posteriormente à Amazônia.