O destino do lixo tornou-se um grande desafio mundial, o Brasil produz cerca de 100 mil toneladas de lixo por dia, mas recicla menos de 5% do lixo urbano – valor muito baixo se comparado à quantidade de material reciclado nos Estados Unidos e na Europa (40%), o que demonstra não só a nossa deficiência em relação a outros países, mas também a preocupação crescente com um tema delicado e que exige atenção especial para a garantia da sustentabilidade do planeta. Outro ponto importante que deve ser colocado é o fato de que através do reaproveitamento dos recicláveis são implementadas também ações de inclusão social da massa de trabalhadores que dependem dessa coleta para a sobrevivência, porém ainda é insipiente a operacionalização dos dispositivos de coleta para o êxito do processo e obriga esses catadores de materiais a realizarem suas atividades em péssimas condições de trabalho, tendo que conviver com ratos, urubus e outros animais; expostos às doenças causadas pela exposição ao ambiente insalubre do lixão. Felizmente, existem diversas iniciativas, do poder público e da iniciativa privada para a mudança de mentalidade e sensibilização da população quanto ao assunto. O Decreto 5.640/06 e a lei 11.445/07 que dispõe sobre a Coleta Seletiva Solidária é um grande avanço por parte do governo em suas repartições da administração pública direta e indireta que têm o desafio de contribuir para a inclusão social e econômica dos catadores, determinando a separação e a destinação dos recicláveis, produzidos por elas, às associações, com isso, milhares de servidores serão treinados e tornar-se-ão agentes disseminadores desse processo não só nas suas repartições, mas também em seus domicílios e nas comunidades que pertencem. O estabelecimento do Comitê Interministerial de Inclusão Social dos Catadores de Materiais Recicláveis, criado por Decreto Federal em 11/09/2003, é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e Ministério das Cidades tem por