Medievalidade
Na democracia ateniense todos os cidadãos (homens, adultos) tinham igualdade de direito perante a lei, podiam participar da vida pública; tinham direito à liberdade de pensamento, de palavra e de crítica. A participação direta era a chave da democracia. A assembleia popular tinha poderes decisórios, fiscalizando a atuação das demais instituições políticas e votando as propostas da boulé. Ou ainda, o poder de votar o ostracismo – exílio por um período de dez anos – contra todos os que pusessem em perigo a democracia ateniense. Não havia partidos. O cidadão não podia ser escolhido mais que duas vezes, exceto os generais. Ninguém podia contar com o desempenho de cargos oficiais como forma de ganhar a vida. Não havia imunidade contra riscos. Apesar do amadorismo, o êxito político e prosperidade econômica serviram de fatores unificadores, encontrando em si própria, os recursos para manter a organização cívica e política. Atenas foi o centro de todas as grandes realizações do seu tempo e produziu grandes escritores e artistas, cientistas e filósofos, a exemplo de Platão e outros.
Sociedade Esparta: ao nascerem eram chamados como estritamente “iguais”, todos os espartanos do sexo masculino. Tinham uma educação voltada para o militarismo, tendo a completa liberação das preocupações econômicas (os serviços produtivos e subordinados eram feitos pelos hilotas e perioikoi) e ainda, uma vida pública em comunidade só de homens. O sistema gerou mais desigualdades inevitáveis: uma decorrente da desigualdade de desempenho no agogê, nos jogos na caça ou na guerra. A outra era a necessidade de liderança e de elites. Eram muito suscetíveis à pressões públicas e à redes recompensa e punições, tudo envolvido nos rites de passage. Qualquer espartano adulto podia exercer autoridade sobre qualquer criança; a seleção de líderes era por designação e escolha, diferente do padrão grego; a cadeia de comando era sempre de cima para baixo,