Medicina Nuclear

2097 palavras 9 páginas
INTRODUÇÃO

A Medicina Nuclear é a especialidade médica que utiliza elementos radioativos in vivo com finalidade diagnóstica e terapêutica. Os radioisótopos mais empregados são emissores de radiação gama, radiação semelhante aos raios X porém originada no próprio núcleo atômico. Para estudos diagnósticos é desejável que a energia da radiação esteja em uma faixa adequada para os sistemas de detecção e que o isótopo apresente um rápido decaimento para forma não radioativa (o tempo que leva para metade dos átomos passarem da forma radioativa para forma estável é denominado de meia vida). O tecnécio-99m preenche estes critérios, tendo meia vida de 6 horas e emitindo radiação gama com energia de 140 keV, características que permitem a aquisição de estudos com boa qualidade e baixa dose de radiação. Isto faz com que o tecnécio-99m seja o isótopo mais empregado atualmente, podendo ser administrado sob a forma química de pertecnetato de sódio ou ligado a outras moléculas. As doses administradas são medidas em função do número de eventos radioativos por segundo, sendo expresso em unidades Becquerel (1 Bq = 1 desintegração por segundo) ou Curie (1 Ci = 3,7. 1010 Bq). Apesar das baixas doses de radiação, deve se evitar o estudo com radioisótopos ou outros métodos que empreguem radiação ionizante em gestantes ou durante a amamentação. Após a sua administração, geralmente por via endovenosa, os radioisótopos ou os compostos aos quais estão acoplados (radiofármacos) tem um comportamento biológico que é idêntico ao de similares não radioativos. Este comportamento biológico é determinado pelas características físico-químicas do composto e também pelo estado funcional dos diferentes tecidos ou tipos celulares que podem estar envolvidos em sua manipulação. A distribuição e grau de concentração do elemento radioativo nos diversos órgãos é avaliada por meio de imagens obtidas nas câmaras de cintilação (chamadas de cintilografias) ou por outros sistemas de detecção de

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