Mecatronica
Por incrível que pareça, o início do uso de GLP engarrafado no Brasil foi consequência direta do famoso desastre ocorrido com o dirigivel Hindenburg, também conhecido como Zeppelin, que pegou fogo no momento em que se preparava para descer em Nova Jersey, nos Estados Unidos, em 1937.
O Brasil, na época, tinha uma base para dirigíveis no Rio de Janeiro e um grande estoque de propano, que era o combustível utilizado nos motores dos zeppelins. Esse trágico acidente abalou a confiança dos passageiros desse tipo de transporte, e o propano estocado para abastecer o Hindenburg acabou sobrando…
Em 30 de agosto de 1937, apenas quatro meses após o acidente, o imigrante austríaco Ernesto Igel bolou um jeito de aproveitar o estoque de propano e criou a Empresa Brasileira de Gás a Domicilio Ltda. para vender o gás engarrafado. Surgia, assim, o botijão de gás! Apesar das dificuldades iniciais e dos temores do consumidor com o novo produto, a idéia foi pegando aos poucos. Também pudera, para a maioria das pessoas a alternativa era cozinhar à lenha, carvão ou querosene… Nos anos 50 do século passado o gás em botijão já era muito disputado, e foi preciso aumentar a importação do produto e a fabricação de fogões a gás.
No primeiro post sobre Botijão de Gás falamos das suas origens aqui no Brasil. Agora vamos entender melhor o que é o GLP, ou gás liquefeito de petróleo, procurando evitar as questões muito técnicas. Como o nome já diz, GLP é um gás, ou melhor, uma mistura de gases derivados do petróleo. Existem dois gases dominantes dentro do botijão, o propano e o butano. O propano é mais leve que o butano e provoca aquela chama azul