Mecanica dos solos - frasco de areia
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UNIDADE 10 – COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
10.1 Introdução Os solos, para que possam ser utilizados nos aterros das obras de terraplenagem, devem preencher certos requisitos, ou seja, certas propriedades que melhoram o seu comportamento, sob o aspecto técnico, transformando-os em verdadeiro material de construção. Esse objetivo é atingido de maneira rápida e econômica através das operações de compactação. Essas propriedades visam principalmente: − Aumento da resistência da ruptura dos solos, sob ação de cargas externas; − Redução de possíveis variações volumétricas, quer pela ação de cargas, quer pela ação da água que, eventualmente, percola pela sua massa; − Impermeabilização dos solos, pela redução do coeficiente de permeabilidade, resultante do menor índice de vazios. Pela equação S = c + σ . tg φ, sabemos que a resistência à ruptura por cisalhamento de um solo depende da coesão (c) e do ângulo de atrito interno (φ), sendo que estes, por sua vez, dependem do teor de umidade e do índice de vazios. Em Mecânica dos Solos a parcela referente a coesão é resultante, no caso das argilas, de forças internas de natureza elétrica, geradas entre as partículas, de modo que a sua aproximação, resultante da compactação, ou seja, de um menor índice de vazios, tende a aumentá-la. Por outro lado, diminui com o aumento do teor de umidade, que, por sua vez, pela maior presença de água nos interstícios, tende a diminuir as forças de natureza elétrica. Já o aumento do atrito interno dependerá do atrito gerado entre as partículas e do seu entrosamento, de forma que é fácil entender que a aproximação dos grãos e o seu melhor arranjo são resultantes de um baixo índice de vazios e de um teor de umidade adequado, que não cause o distanciamento entre elas. As variações de volume possíveis, isto é, expansões ou contrações, dependem diretamente do teor de umidade inicial. Se executarmos o aterro com material úmido, haverá mais tarde a possibilidade de