Mecanica dos Fluidos
(com transcrições de textos do livro de
Baptista & Lara, 2002, p. 85-91)
Velocidades recomendadas
Diversos problemas em tubulações estão relacionados às velocidades de escoamento dos líquidos nos condutos.
Problemas decorrentes de velocidades baixas
Deposição de sedimentos na parede do tubo, que ocorre com velocidades inferiores a 0,60 m/s, podendo gerar incrustações nas paredes dos tubos, aumentando sua rugosidade, reduzindo a sua seção de escoamento e, consequentemente, sua vazão.
A limpeza periódica da tubulação, com o escoamento em altas velocidades, pode aumentar a vida útil da tubulação.
Retenção de ar na tubulação, que forma bolsões de ar acumulado em pontos altos da tubulação, obstruindo sua seção transversal e causando perdas de carga localizadas.
Para evitar esse problema, a velocidade média de escoamento na tubulação deve estar entre 0,60 e 0,90 m/s, dependendo da inclinação da tubulação.
Velocidades recomendadas
Problemas decorrentes de velocidades elevadas
Aumento das perdas de carga: conforme se depreende das fórmulas de cálculo de perdas de carga, estas aumentam aproximadamente com o quadrado da velocidade. Por isso, é muito importante limitar o valor da velocidade como se verá a seguir.
Cavitação e golpe de aríete: são fenômenos associados a altas velocidades em tubulações, causando ruídos, vibrações e choques que danificam rapidamente as tubulações e suas instalações.
Para evitar esses problemas, as velocidades máximas usuais em tubulações são:
- Para sistemas de abastecimento de água: U = 0,60 + 1,5 D.
- Para instalações hidráulicas prediais (cf. NBR 5626/82):
U D ou U 2,5 m / s
Sendo o diâmetro D em metros e a velocidade U em m/s.
Pré-dimensionamento de tubulações
Existindo limites para a velocidade de escoamento em tubulações, esta pode ser utilizada para fazer o pré-dimensionamento das tubulações. [Por pré-dimensionamento entende-se ter