MAX E PI - AS NARRATIVAS DE SCLIAR, MARTEL E LEE
1484 palavras
6 páginas
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
DEPARTAMENTO DE PROPAGANDA, RELAÇÕES PÚBLICAS E TURISMO MAX E PI
AS NARRATIVAS DE SCLIAR, MARTEL E LEE
GUSTAVO MARIANO
São Paulo
2013
INTRODUÇÃO
No presente trabalho, me proponho a analisar comparativamente os trabalhos de Moacyr Scliar, autor da novela “Max e os Felinos”, de Yann Martel, autor do romance “As aventuras de Pi”, e finalmente de Ang Lee, diretor da adaptação para o cinema de “As aventuras de Pi”. Partindo da inspiração de um garoto e uma fera reunidos em um pequeno bote no meio do oceano, os três artistas seguiram diferentes caminhos narrativos para uma mesma história, segundo suas intenções pessoais e os formatos que decidiram adotar.
Por analisar comparativamente, restrinjo-me a expor e contribuir criticamente para o “suposto” caso de plágio por parte de Martel da obra de Scliar, comentar sobre as diferentes trajetórias que a história tomou na mão de cada um dos escritores e, por fim, assumindo essa correspondência no mínimo parcial entre “Max e os Felinos” e “As aventuras de Pi”, identificar os recursos de adaptação que Lee optou no momento de rodar o seu filme.
A QUESTÃO DO PLÁGIO
Como uma inspiração assumida, Yann Martel declarou após vencer o prêmio Bucker em 2002, uma das mais importantes premiações de literatura da Europa, que utilizou o leitmotiv de “Max e os felinos” como premissa para o seu tão popular “As aventuras de Pi”. Porém, juntamente, confessou não ter lido o livro, e sim uma resenha no jornal inglês The Guardian escrita supostamente por um jornalista chamado John Updike, segundo o mesmo não lhe parecera favorável à novela de Scliar.
O brasileiro ficou sabendo da história toda pouco tempo depois por meio de um jornalista do jornal O Globo, que na ocasião o telefonara para indagar-lhe sobre o acontecido. Surpreso, foi investigar o fato e descobriu que, apesar do canadense ter mostrado conhecimento sobre sua pessoa, tal resenha nunca existiu, os dois