Max weber
FICHAMENTO III - MAX WEBER
No começo de “A ciência como vocação”, Max Weber compara a profissão do ciêntista (pesquisador, professor) na Alemanha e nos Estados Unidos, tratando assim de conceitos necessários para existência da vocação em si.
Na Alemanha o graduando redige uma tese e é submetido a exames. Se for aceito, pode dar aulas do assunto que desejar, recebendo somente a taxa paga pelos alunos. No entanto, o jovem cientista nem sempre consegue dar o tanto de cursos que gostaria e nem a matéria desejada, pois há uma hierarquia na distribuição desses. Os grandes cursos são ministrados pelos professores mais velhos e tomar o lugar destes seria desrespeitoso. O cientista alemão tem a preocupação de considerar a aprovação de seus alunos. Caso eles o reprovem como professor, isso representaria para ele o fim de sua carreira universitária.
Já nos Estados Unidos, quando um jovem inicia sua carreira de cientista, normalmente como ajudante, ele recebe um salário fixo. Por possuirem essa renda fixa passam os primeiros anos sobrecarregados de trabalho e podem ser despedidos a qualquer momento caso não corresponda às expectativas da instituição, ou seja, “lotar a casa”.
Segundo o autor, no futuro haveria um processo de americanização da vida universitária. Essa seria cada vez mais similar às empresas estatais: professores assalariados e separação entre o produtor e os meios de produção. Ao mesmo tempo, os acadêmicos acabam tendo que conciliar vocação para a pesquisa e para o ensino, o que abre espaço para demagogos e diletantes, posto que, para Weber, em apenas alguns casos por mera coencidência o ciêntista é bom pesquisador e bom professor.
O autor ainda fala que só podemos dizer que há uma “vocação ciêntifica”, pois a ciência atigiu um estágio de especialização desconhecido até então. “A ciência não é produto de