Mauá
Em 1823, foi trazido ao Rio de Janeiro por seu tio para trabalhar como caixeiro (vendedor) de João Rodrigues Pereira de Almeida. Este operava no comércio atacadista e no tráfico de escravos, tendo também sido um dos financiadores de uma fábrica de pólvora – o que trouxe prestígio junto à Família Real.
O aprendizado nos negócios na vida de Irineu Evangelista iniciou com seu primeiro patrão, João Rodrigues Pereira de Almeida, ele o preparou para usufruir da proximidade com os homens que exerciam influência na cena política brasileira. João Rodrigues Pereira de Almeida era um comerciante que obteve grandes vantagens com a abertura de portos e comércio em 1808. Já, Irineu, percebeu que ele possuía grandes vantagens pelo jogo de interesses econômicos dos grandes traficantes de escravos.
João Rodrigues Pereira de Almeida atraiu porções de terras no Rio de Janeiro, o cargo de Diretor do Banco do Brasil, a comenda da Ordem de Cristo, mas devido a mudança no rumo da política, sofreu um abalo e perdeu os seus bens. O responsável pelas ruínas de João Rodrigues foi Felisberto Caldeira Brant Pontes, o marquês de Barbacena. O fiel defensor dos interesses dos traficantes de escravos, o marquês de Barbacena, mudou inesperadamente de posição depois de negociar longos assuntos com os ingleses a pedido do imperador D. Pedro I. Irineu foi promovido a guarda-livros da empresa Pereira da Silva. Conhecia perfeitamente as transações da principal fonte de lucro da empresa que, a partir dos novos acordos com os ingleses deveria desaparecer. Assim, o jovem guarda-livros, curioso e esforçado, interessado e esperto, gere o fechamento das empresas do patrão que se tornou um rico e tranquilo fazendeiro, apesar da liquidação de seus bens. O maior credor da empresa era um escocês chamado Richard Carruthers – que preferiu uma falência amigável. Com ele ficou Mauá – que somava apenas 15 anos de idade, e um ano como guarda-livros. E, com quinze anos de idade, Irineu