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Émile Durkheim
Durkheim pode ser considerado como um dos grandes teóricos da Sociologia, embora se atribui a paternidade do termo ao filósofo Auguste Comte. Em seu projeto intelectual, Durkheim e seus colaboradores emanciparam, de modo definitivo, a Sociologia da Filosofia Social, apresentando-a como disciplina científica rigorosa. Sua principal preocupação era definir com precisão o objeto, o método e a aplicabilidade da Sociologia. Em sua obra: As Regras do Método Sociológico (1895) deixou claro o tipo de acontecimento sobre os quais debruça a Sociologia: os Fatos Sociais. Estes seriam então para ele o objeto da Sociologia.
Durkheim se diferencia dos outros positivistas, porque suas teorias avançam sobre a simples reflexão filosófica, e construía toda uma organização de pressupostos metodológicos e teóricos sobre a sociedade. O empirismo positivista, que colocara a filosofia social diante de uma realidade a ser explorada, transformou-se numa postura real ao ser centralizada em fatores que poderiam ser observados, medidos e relacionados através de levantamentos de dados realizados pelos cientistas.
O Indivíduo e a Sociedade
O indivíduo e a sociedade, para Durkheim, compõem uma inter-relação conjugada, onde uma parte pertence ao outro em harmonia constante. O indivíduo não existe em sua plenitude, ou melhor, as ações sociais não dependiam do indivíduo, mas sim, do coletivo. Ele não leva em conta as manifestações individuais, que seriam na verdade manifestações patológicas, psicológicas, físicas etc. Os indivíduos agiam não por vontade própria, mas sim por vontade coletiva. A educação, as leis e as regras em geral eram provocadas por fatores externos ao indivíduo. Esses fatores seriam dados pela sociedade no seu todo. Assim Durkheim afasta as explicações sociais do indivíduo, deixando-as a cargo da psicologia, biologia etc. Essas ações sociais foram chamadas de Fatos Sociais.
O que é Fato Social?
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