Mauro Cesar
Estranhos há em todas as sociedades, e são produzidos pelas mesmas pois, cada uma produz a sua própria espécie de estranho de forma singular. Então tudo que foge do “normal” ou da média, que não se encaixa no mapa cognitivo, moral, ético, estético, político, econômico e até os que transgridem os limites impostos no “modelo dos normais” se convertem em estranhos.
Duas estratégias alternativas foram desenvolvidas nessa guerra. Primeira a da antropofágica: que defende a aniquilação dos estranhos devorando-os e depois, de forma metabólica, transforma-los num tecido indistinguível do que já havia. Essa era a estratégia da assimilação: tornar as diferenças semelhantes. A segunda era antropoêmica: vomitar os estranhos, bani-los dos limites do mundo... Era essa a estratégia da exclusão.
As pessoas são diferentes, diferentes por conta da diversidade de tradições locais e particulares em que crescem e amadurecem. Criaturas da cultura da pluralidade, produtos da educação.
O mundo pós-moderno está se preparando para a vida sob uma condição de incerteza que é permanente e irredutível. Por isso a vida contemporânea se torna algo assustador, pois, perpassa a sensação de incerteza, essencialmente indeterminável e incontrolável e também uma corrosiva dúvida.
Hoje os estranhos são subprodutos, porque jamais será conclusivo, pois está em processo de construção de identidade. Nega-se a esses os direitos humanos como: o direito ao cuidado, meio de vida, posição social entre outros.
Assim o texto nos apresenta uma desordem no mundo, tantos interesses evidentes e indubitáveis desígnios e estratégias políticas, privaram o mundo de estrutura visível e de qualquer lógica. É uma verdadeira desregulamentação universal, uma cegueira moral que é induzida pelo mercado capitalista, pois no mundo atual pouca coisa é concreta, real, pois tudo é incerto, arriscado, duvidoso.
Como Martin Luther King Jr. Já dizia: os vários grupos étnicos, raciais e de papel