Matriz extracelular

DISCUSSÃO
A matriz extracelular é composta por três tipos de fibras: colágenas, elásticas e reticulares. Segundo Kierszenbaum (2008, p.132), “A MEC é uma associação de colágenos, glicoproteínas não- colagênicas e proteoglicanos que circundam as células do tecido conjuntivo”. As fibras colágenas são as principais e mais abundantes, principalmente nos ossos e na dentina. Para Junqueira e Carneiro (1979, p.84), “Assim chamadas porque, fervidas em água por longo tempo, formam gelatina, que é usada como cola”. Flexíveis, elas têm grande força tênsil dando tônus ao tecido e à pele. São fibras espessas, sem ramificação e são formadas por proteínas de colágeno. Ao microscópio, esta apresenta uma aparência típica de estruturas ondeadas de largura variável e comprimento indeterminado. Quando examinamos através do microscópio eletrônico, observamos que a fibra colágena é constituída por um feixe de subunidades finas e filamentosas, as fibrilas de colágeno. Se algum defeito ocorrer na síntese de colágeno, pode desenvolver a Síndrome de Ehlers- Danlos. Esta síndrome pode ser dividida em vários tipos clinicamente diferentes, a maioria caracteriza-se pelo deslocamento de articulações e hiperelasticidade da pele. As fibras reticulares são finas, muito ramificadas e sempre estão ancoradas nas fibras colágenas, formando uma rede que mantém as células paradas no tecido. Também é formada por fibrilas de colágeno, dando flexibilidade à pele. No tecido conjuntivo frouxo, a central de fibras reticulares são encontradas nos limites do tecido conjuntivo com o epitélio e em torno dos adipócitos, dos pequenos vasos sanguíneos e dos nervos. Estão presentes no tecido conjuntivo embrionário, mas são substituídas por fibras colágenas à medida que o tecido amadurece. As fibras reticulares formam o estroma dos órgãos linfoides do sistema imunológico e da medula óssea hematogênica. E, por último, as fibras elásticas. São finas assim como as reticulares, muito ramificadas e