Matrix e o mito da caverna de platão: uma analogia
Neo, personagem principal do longa-metragem Matrix pode ser comparado ao grande filosofo grego Sócrates, porque Neo assim como Sócrates questionava profundamente o sistema que o cercava, da mesma forma que Sócrates se empenhava em “acordar” o pensamento dos outros, Neo buscava despertar as pessoas para a realidade fora da Matrix, e acima de tudo, o personagem Neo sempre buscava conhecer a si mesmo, no caso conhecer a realidade da Matrix, assim como dizia Sócrates em sua célebre frase “conhece-te a ti mesmo”. Séculos atrás Platão escreveu dentro de sua obra A República, a alegoria o mito da caverna, e séculos depois no ano de 1999 dois diretores de cinema, os irmãos Wachouski nos brindaram com o clássico cinematográfico Matrix, um abismo de séculos separa o texto de Platão e o filme Matrix, porém as duas obras possuem características semelhantes. No texto de Platão os personagens estavam presos numa caverna, imóveis, privados do mundo que os cercava, apenas sussurros e sombras em relance chegavam a eles, certo dia um deles escapou daquele lugar, e chegou ao mundo fora da escuridão da caverna, levou um choque ao se defrontar com a realidade, com a luminosidade do Sol, mas com o tempo se adaptou, e por compaixão para com seus antigos companheiros resolveu voltar a caverna para contar-lhes que existia outro mundo fora daquele antro de escuridão. Porém lá chegando não deram ouvidos a ele, e ainda o chamaram de louco, pois os habitantes da caverna estavam tão enraizados aquele lugar, que não admitiam a existência de um mundo exterior. Já no filme dos irmãos Wachouski a mente dos seres humanos está aprisionada num programa denominado Matrix, programa este que simula uma realidade humana quase perfeita, enquanto a energia provinda dos impulsos elétricos de seus corpos era sugada por maquinas que dominavam o mundo real, um mundo pós-apocaliptico, o deserto do real. Tanto no texto o mito da caverna quanto