materialismo

1 Dialética e Materialismo
A tradição filosófica até o inicio da modernidade pressupunha a existência de uma outra dimensão mais real e povoada de substâncias ou de essências imutáveis que seriam os verdadeiros objetos do conhecimento.
Aplicada aos fenômenos historicamente produzidos, a ótica dialética cuida de apontar as contradições constitutivas da vida social que resultam na negação e superação de uma determinada ordem.
Consciência alienada (Hegel): “a consciência de si como natureza dividida”; ser livre significa recuperar a autoconsciência.
Feuerbach: a alienação fundamental tem suas raízes no fenômeno religioso, que cinde a natureza humana, sendo o mundo religioso uma projeção fantástica da mente humana, por isso mesmo alienada. A superação desse mundo por meio da crítica religiosa, faria desaparecer a própria alienação, promovendo a liberdade da consciência.
A teoria marxista articula a dialética e o materialismo sobre uma perspectiva histórica, negando o idealismo hegeliano e o materialismo dos neo-hegelianos.
Crítica ao materialismo feuerbachiano: se limita a captar o mundo como objeto de contemplação, e não como resultado da ação humana, não sendo capaz de vê-lo como passível de transformação.
Para Marx e Engels a alienação associa-se às condições materiais de vida e somente a transformação do processo de vida real, por meio da ação política, poderia extingui-la.
Análise da vida social: perspectiva dialética que procura estabelecer as leis de mudança que regem os fenômenos e que esteja fundado estudo dos fatos concretos a fim de exportar o movimento do real em seu conjunto.
Materialismo histórico: as relações materiais que os homens estabelecem e o modo como produzem seus meios de vida formam a base de todas as suas relações. (“Aquilo que os indivíduos são depende, portanto, das condições materiais de sua produção”)
Todo fenômeno social ou cultural é efêmero – as formas econômicas são transitórias e históricas. Ao adquirir nova força