Marylia
INTRODUÇÃO Este estudo focaliza a história da Sociologia no Brasil, analisando os traços principais das etapas e períodos de sua institucionalização e evolução como disciplina acadêmico-científica, as recepções de tradições sociológicas pela sociologia brasileira, assim como a situação atual da Sociologia, os principais campos de pesquisa, os novos temas e novas abordagens que vieram a ser propostos para a explicação e compreensão da situação social brasileira apontando alguns sociólogos.
DESENVOLVIMENTO
Sociólogos brasileiros
FLORESTAN FERNANDES (1920-1995) Em 1941, ingressou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, formando-se em ciências sociais. Iniciou sua carreira docente em 1945, como assistente do professor Fernando de Azevedo, na cadeira de Sociologia II. Na Escola Livre de Sociologia e Política, obteve o título de mestre com a dissertação A organização social dos Tupinambá. Em 1951, defendeu, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, a tese de doutoramento A função social da guerra na sociedade tupinambá , posteriormente consagrado como clássico da etnologia brasileira, que explora com maestria o método funcionalista. Uma linha de trabalho característica dos anos 50 foi o estudo das perspectivas teórico-metodológicas da sociologia. Seus ensaios mais importantes acerca da fundamentação da sociologia como ciência serão, posteriormente, reunidos no livro Fundamentos empíricos da explicação sociológica. Seu comprometimento intelectual com o desenvolvimento da ciência no Brasil, entendido como requisito básico para a inserção do país na civilização moderna, cientifica e tecnológica, situa sua marcante atuação na Campanha de Defesa da Escola Pública, em finais da década, em prol do ensino público, laico e gratuito enquanto direito fundamental do cidadão do mundo moderno. O nome de Florestan Fernandes esta obrigatoriamente associado à pesquisa sociológica no Brasil e na América Latina.