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Naturalmente, não se pode ficar indiferente ao prazer do estudante, ao seu apetite para entretenimento. Se você quiser despertar o interesse de alguém por Cinema e Literatura, não pode começar propondo a leitura e a análise de obras difíceis ou “filmes-cabeça”. Eles virão na hora certa, espontaneamente, depois de adquirido o gosto pela cultura, quando se saberá saborear o saber.
Por exemplo, é oportuno sugerir aos estudantes de hoje assistir as obras-primas de Alfred
Hitchcock. Eles observarão não só o suspense, mas também os diálogos inteligentes e sugestivos dos roteiros, as interpretações dos atores que encaram, simultaneamente, o bem e o mal, as tomadas de câmara inusitadas, as belezas das atrizes, e tudo mais que agarra seus fãs. Assim, conforme Baecque
(2011), se cria a cinefilia.
O professor deve se apresentar mais como um guia-orientador (ou motivador) do que como um professor convencional. Deve se restringir a apresentar a sinopse do filme e os perfis do diretor e dos atores principais, destacar cenas famosas, mas, principalmente, fazer a contextualização da era que o roteirista focaliza de acordo com a literatura listada na Bibliografia. Fazer pequena apresentação sobre o filme, nada sofisticada, pois a “regra de ouro” é ser o mais simples possível. Se os alunos quiserem saber mais, irão perguntar.
Assistir do início ao fim sem interrupção, exceto em alertas para raros casos de cenas destacadas.
Após o final, dar início ao debate, perguntando diretamente para algum aluno: “O que você achou?”;
“Por que?”;