Martino, luiz c. de qual comunicação estamos falando? in a. hohlfeldt; l. martino; v. frança (orgs.) – teorias da comunicação. vozes. petrópolis, 2001.
Ao começar a se estudar uma área de conhecimento, é comum se perguntar “O que estou estudando?”, ou “Por que estudar o que estou estudando?”. As perguntas se tornam ainda mais complexas quando se leva em consideração que a área em questão é aquela utilizada para a maioria dos meios de estudo. Esse é um dos pontos abordados no texto “De Qual Comunicação Estamos Falando?”, de Luiz Martino. O autor, logo na abertura do primeiro parágrafo, destaca que, antes de se procurar uma definição exata para comunicação, é importante esclarecer que o problema não está em encontrar um único sentido para o termo, mas em estabelecer do que se está falando. Em seguida, ele entra no questionamento levantado no começo desse texto. Se nós, professores, alunos, estudiosos, não sabemos o que estamos nos propondo a estudar, como podemos estuda-lo? E se a comunicação é de fato responsável por grande parte do processo de ensino e confronto de ideias, como podemos não saber defini-la se ela está tão presente nesses conceitos? A definição de comunicação comumente lembrada é a que envolve uma “situação de diálogo, onde duas pessoas (Emissor–Receptor) conversam, isto é, trocam ideias, informações ou mensagens”. Porém, se pensada a fundo, essa definição se estende para a comunicação entre animais, aparelhos, objetos, etc. Além desse, outros sentidos também são admitidos. Existe a comunicação visual, por gestos e também a comunicação de massa. Eventualmente, todos os sentidos excluem um aspecto único do outro e o termo se torna, novamente, muito abrangente. Etimologia do Termo. Ao analisar a etimologia do termo “comunicação”, que vem do grego ‘communicatio’, o autor retira algumas ideias básicas dos componentes da palavra. ‘Co’ e ‘munis’, em conjunto, significam algo como “atividade realizada conjuntamente”; complementados pela