Martes avioes voando
Um eficiente programa de Safety tem como objetivo prevenir acidentes e incidentes que podem causar perda de vidas e propriedade, além de sérios danos. As perdas humanas em um acidente aéreo são traumáticas para as famílias e amigos que ficam. Mas, além de seu dever moral de prevenir mortes acidentais, danos e sofrimentos, cabe à administração sênior de uma companhia aérea proteger o “bottom line” financeiro da companhia. Portanto, questionar a relação custo/benefício associada à implementação de um novo ou mais agressivo programa de Safety é não somente razoável, mas também responsável.
Porém, há um paradoxo ao tentar medir os benefícios de um programa de Safety: se ele for efetivo, há poucos incidentes e acidentes. Sendo assim, como a companhia atribui economia de custo aos incidentes e acidentes que não aconteceram?
Um fraco desempenho de Safety resulta em um igual desempenho financeiro
As conseqüências sofridas por algumas companhias aéreas, após acidentes altamente cobertos pela mídia, não deixam nenhuma dúvida de que a segurança pode afetar de maneira decisiva a posição de uma companhia no mercado. Esses eventos indesejados podem danificar a reputação de uma empresa, sua saúde financeira e o moral de seus funcionários.
Há alguns anos, uma grande companhia aérea internacional sofreu vários acidentes fatais, sendo que dois deles aconteceram em um período de 90 dias. A atenção do governo, da mídia e do público sobre a administração de Safety da companhia aumentou e, durante o período de três meses que se seguiu aos dois acidentes, o desempenho financeiro da mesma caiu em 150 milhões de dólares; a percepção do público de que a companhia não era segura havia afugentado os clientes.
Um outro acidente fatal envolveu uma companhia aérea altamente lucrativa, de baixa tarifa. Após o ocorrido, surgiram perguntas sobre uma variedade de assuntos de Safety; nas semanas seguintes ao acidente, a autoridade de aviação