marketing de governo
EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
Texto base, sem revisão final, da intervenção no painel debatendo a questão: “como enfrentar as dificuldades de acesso às informações dos governos municipais e o poder conservador da mídia para a afirmação do processo de democratização do poder local?”. Este painel ocorreu no Seminário Nacional do Fórum Nacional de Participação Popular nas Administrações Municipais, com o tema “Para que participação popular nos governos locais?”, realizado de 8 a 10 de novembro de 1995, em Recife, Pernambuco.
I. Elementos para uma abordagem da relação entre comunicação e estratégia
Iniciaremos indicando alguns requisitos para a formulação de uma política de comunicação institucional. Partiremos de alguns enunciados que pretendem constituir premissas teóricas e políticas para o planejamento estratégico da área de comunicação numa organização pública.
1. As demandas são sempre ilimitadas diante dos recursos disponíveis e há necessidade de consenso para o equacionamento das demandas.
Na sociedade, a inevitável desproporção entre as demandas e os recursos capazes de provê-las diz respeito à "natureza" humana. Expressa a inquietude da consciência, permanentemente transcendendo os meios e a imediaticidade, constantemente gerando novas necessidades objetivas e subjetivas. Todas as demandas sociais têm fortes componentes de subjetividade. Mesmo a existência de demandas elementares relacionadas com a própria subsistência física dos indivíduos, não esconde o caráter elástico e intrinsecamente subjetivo do seu reconhecimento e abordagem.
Seleção de demandas, hierarquização de prioridades, definições quanto à forma de reconhecê-las e atendê-las são componentes inevitáveis da formulação de políticas governamentais. Mas essas políticas também devem considerar a necessidade de justificação dessas definições.
Acreditamos que a satisfação da sociedade através de respostas às inesgotáveis demandas se dá menos pela objetividade -