maria do bairro
“O que é isso, senhor Underwood?” disse o homem. Seu tom deixou claro que ele detestava Grover. “O que significa ‘conseguiram chegar’? Estes alunos moram aqui.”
Grover engoliu em seco.
“Sim, senhor. É claro, Dr. Streppe. Eu só queria dizer que estou muito contente porque eles conseguiram... fazer o ponche para o baile! O ponche está uma delícia. E foram eles que fizeram!”
O Dr. Streppe nos fulminou com o olhar. Concluí que um dos seus olhos só podia ser postiço. O castanho? O azul? Ele parecia querer nos atirar de cima da torre mais alta do castelo, mas então a Srta. Tengiz disse, com ar sonhador: “Sim, o ponche está excelente.
Agora vão andando, todos vocês. E não saiam do ginásio de novo!”
Não esperamos ela falar duas vezes. Partimos com uma porção de “Sim, senhora!” e
“Sim, senhor!”, e batemos um par de continências, só porque parecia ser a coisa certa a fazer. Grover nos empurrou corredor abaixo na direção da música. Pude sentir os olhos dos professores nas minhas costas, mas caminhei bem perto de Thalia e perguntei em voz baixa: “Como você fez aquela coisa de estalar os dedos?”
“Você quer dizer a Névoa? Quíron ainda não mostrou a você como fazer isso?”
Um nó incômodo se formou na minha garganta. Quíron era nosso principal treinador no acampamento, mas ele nunca me mostrara nada como aquilo. Por que mostrara a Thalia e não a mim?
Grover nos apressou até uma porta onde estava escrito GINÁSIO no vidro. Mesmo com minha dislexia, consegui ler aquilo.
“Essa foi por pouco!” disse Grover. “Graças aos deuses vocês chegaram!”
Annabeth e Thalia abraçaram Grover. Ergui a mão e bati na dele. Foi bom vê-lo depois de tantos meses. Ele ficara um pouco mais alto e mais alguns fios de barba haviam nascido, mas, fora isso, sua aparência era a mesma de sempre quando ele passava por ser humano — um boné vermelho sobre o cabelo castanho