Marcadores moleculares e a africanização das apis mellifera (l.)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
DEPARTAMENTO DE BIOTECNOLOGIA, GENÉTICA E BIOLOGIA CELULAR
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA

Denise da Silva Paspardelli Caleme
Orientação: Profa. Dra. Maria Claudia Colla Ruvolo Takasusuki

MARCADORES MOLECULARES E A AFRICANIZAÇÃO das Apis mellifera (L.)

Maringá-PR
2012
MARCADORES MOLECULARES E A AFRICANIZAÇÃO das Apis mellifera (L.)

Resumo
A fim de aumentar a produtividade apícola no Brasil, foi introduzida em 1956, uma espécie de abelha africana, Apis mellifera scutellata, que ao se reproduzir com abelhas europeias, previamente trazidas ao continente americano, deu início a um processo que mudaria o cenário mercadológico e ambiental no Brasil. A africanização das abelhas melíferas foi e ainda é bastante estudada e vem sendo acompanhada pelos avanços da biotecnologia. Ferramentas de biologia molecular cada vez mais modernas conseguem traçar um rigoroso histórico de eventos importantes ocorridos tanto na morfologia quanto no genótipo desse inseto social. Nesse trabalho serão abordadas técnicas utilizando marcadores morfológicos, isoenzimas e marcadores baseados em DNA como RFLP, DNA mitocondrial e microssatélites. Para tanto, foram apresentadas algumas técnicas usadas em pesquisas e o impacto desses resultados tanto para as abelhas quanto para o homem, que vem utilizando o mel como fonte de nutrientes e de capital durante muito tempo.

Introdução
Há mais de 50 anos foi introduzida no Brasil a espécie Apis mellifera scutellata a fim de aumentar a produtividade e oferecer uma maior resistência às doenças sofridas pelas espécies existentes além da pretensão de uma melhoria na produção apícola.
Antes dessa ação, existiam raças europeias que foram introduzidas no período colonial e se caracterizavam pelo comportamento dócil, o que permitia a instalação de apiários nas proximidades das residências e de criações de animais, já que a principal ideia da produção era para consumo da própria família ou comunidade