Maquiavel recomenda aos pr ncipes saber se comportar tanto como pr ncipe quanto como animal

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Maquiavel recomenda aos príncipes saber se comportar tanto como príncipe quanto como animal, podendo fazer uso de duas formas de combate, as leis, enquanto homem, e a força, enquanto animal, um vez que sustenta o fato do homem ter a necessidade de se utilizar dessas duas naturezas, assumindo a força de um leão e a astúcia de uma raposa para que conheça as armadilhas como uma raposa, mas que aterrorize os lobos como um leão. Dessa forma, Maquiavel alerta o homem acerca do próprio homem vivendo num mundo em que os outros são maus e quando pretende viver em total bondade, promove com isso, sua própria ruína. Contudo, o príncipe deve perceber os meios necessários de não ser bom e aproveitar deles nos casos de necessidade, adequando-se às circunstâncias. Como não é possível ao príncipe possuir todas as virtudes, ele deve tentar esconder aquelas que podem levá-lo a um aniquilamento do Estado.
Para Maquiavel, o príncipe sábio não tem que manter-se fiel às suas promessas quando estas lhe trouxerem prejuízos, já abolidas suas causas. Tal preceito não seria bom se os homens fossem todos bons, porém como são maus, não existe problema em ser dissimulador. É fácil enganar o homem, pois para Maquiavel, existe uma simplicidade e obediência às necessidades presentes. Assim, não é necessário a um príncipe ter todas as boas qualidades, mas deve parecer possui-las. Deve parecer ser clemente, leal, humano, religioso, íntegro, e quando necessário deve tornar-se o inverso. Ao príncipe cabe, manter-se no caminho do bem, tanto quanto possível, mas deve estar pronto para, quando necessário, enveredar-se pelo caminho do mal.
Como forma de evitar o ódio e desprezo dos seus súditos o príncipe deve evitar tomar posse das mulheres e dos bens dos mesmos; porém já deve conquistar a estima através de ações raras e esplêndidas, mostrando-se amante da virtude, honrando os homens que se destaquem em cada arte, incutindo em seus súditos a certeza que podem exercer seus ofícios livremente, e em paz.

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