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Artigo por Juliana Carvalho dos Santos - quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
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Os Poluentes Emergentes estão presentes na água que consumimos
A água, antes de chegar às torneiras das casas brasileiras, passa por um longo processo que, dividido em etapas, tem como objetivo tornar a água usada em processos industriais, na limpeza de nossas casas, nos sistemas de esgoto (entre outros usos) tão potável quanto possível. Faz-se necessário que haja uma preocupação especial com esse recurso tão importante e valioso.
Atualmente, além de separada e filtrada a água é também clorada. Esse processo faz com que pequenas moléculas se associem aos átomos de coloro, tornando-as mais densas que a água e sendo assim possível serem captadas. Entretanto todo esse processo não garante que a água chegue totalmente limpa em nossas residências, inúmeras partículas sintéticas passam imunes a todos esses cuidados e acabam sendo consumidas por todos nós.
Essas partículas sintéticas são chamadas de Poluentes Emergentes. Já são mais de 3 milhões de substâncias orgânicas sintéticas catalogadas, número que cresce constantemente, correspondendo a cerca de 200 milhões de toneladas anuais que podem acabar contaminando as águas de todo o mundo.
Apesar do número assombroso, os Poluentes Emergentes correspondem a menos de 1% da composição da água que bebemos diariamente. Entre os compostos mais comuns estão derivados de herbicidas usados em lavouras, antissépticos (triclosan), laxativos (fenolftaleína), relaxantes musculares (diclofenacos) e esteróides.
Riscos à Saúde
Muitas dessas substâncias emergentes possuem caráter lipofílico, ou seja, têm afinidade com lipídios, logo, com nossos hormônios. Em pesquisa desenvolvida pelo Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias Analíticas Avançadas (INCTAA) do instituto de Química da Unicamp, a progesterona e o estradiol foram algumas das substâncias comuns encontradas em amostras