Manual da INTRANET

A Pré-História dos Computadores

O funcionamento em rede era a situação normal nos primórdios da informática. Quem não se lembra daqueles computadores que ocupavam um edifício inteiro, com os enormes rolos de fita utilizados para armazenamentos de dados, verdadeiro estereótipo em filmes de ficção científica das décadas de 60 e 70  Naquela época, os computadores utilizavam uma única CPU e terminais chamados de “burros”, constituídos de apenas um monitor e teclado. Estes terminais acessavam todos os recursos do computador central, incluindo processador e memória, além dos discos e impressoras através de uma porta do tipo serial (figura 1). É diferente de uma rede atual, em que cada computador tem seu próprio processador e memória, e utiliza-se da rede apenas para acessar algum arquivo ou impressora remotos. Este sistema era bastante lento, e os programadores tinham que se desdobrar para fazer com que os programas fossem pequenos e ágeis, de forma a sobrecarregar o mínimo possível a CPU central. Mesmo com todos os cuidados, era comum um operador esperar (muitos) minutos até ter o retorno de uma consulta ou relatório. Lembre-se, estamos falando de processadores com clok de menos de 1MHz (não é 1 GHz, é 1 MHz), memória de 128 Kb (KB e não MB), discos com a espantosa (para época) capacidade de 100 MB (MB e não GB!). Não é difícil imaginar a performance que um computador destes teria ao abastecer 100 ou 200 terminais “burros”, sobrecarregando o processador central. Como se vê, as características dos computadores atuais foram multiplicadas por 1.000 em relação aos primeiros modelos. Entretanto, a sua performance em conjunto, com todas as tecnologias melhoradas, foi aumentada em número muito superior.

Surge uma Revolução

A história da informática começou a mudar nos anos 80, com o lançamento dos primeiros microcomputadores pessoais. Inicialmente, eram baseados no processador Z80. O lançamento do IBM PC