manifesto
• Respeito é um direito de todas e todos indiferente da raça/etnia/cor, sexualidade, gênero, idade. Zombar, fazer piadas, dar pitaco sobre o corpo ou a militância/ideias das manas é uma das posturas machistas mais ridículas.
Abaixo a meritocracia embutida no discurso dos machos da esquerda e do underground.
• Sobre nós, discutimos entre nós.
Para nos libertarmos das amarras machistas precisamos dos nossos espaços auto organizados onde somos protagonistas de NÓS MESMAS.
Não aos machos que querem nos ensinar como devemos pensar, agir, ser! Não aos machos que querem nos julgar. Respeitar a autonomia da mulher de buscar entre outras mulheres o reconhecimento e a união é apoiar a luta feminista.
• Abaixo a exaltação e idolatria aos machos e suas “criações”!
Quando a mulher faz algo a qualidade é sempre julgada e avaliada nos termos dos homens.
Músicas, zines, outras artes, textos, invenções. Se foi uma mulher que fez e está dentro dos termos deles impressiona, se não está é tido como “paia”- quem já não ouviu um cara no underground criticar a música de uma mina porque a voz dela era “fina” demais? Ou achar que sapatão “quer ser homem”, só pelo modo de se vestir ou se comportar. Esse egocentrismo exacerbado dos homens que são criados para achar que seu pênis é a melhor coisa do mundo e tão desejado que TODAS as mulheres querem, inclusive as lésbicas, é só mais um indício de como o mundo empodera os homens no dia a dia.
Nós não precisamos de sua aprovação e nem se comparar a vocês. Que nossos trabalhos, nossas artes, e nossa ação direta não seja mais julgada e avaliada pelos machos da esquerda e do underground.
• Que nenhuma mana seja objetificada no rolê.
Aquela que vocês chamam apenas para terem com quem “ficar”, as namoradas que viram suas “pochetes” ou “cabideiros” em dias de rolê, as quais vocês deixam suas facas, ou pertences, pois, pressupõem que elas não querem/farão parte da “diversão”, é a menina que você trata como coisa.
Que sejamos vistas como irmãs