Manguebeat
Escola de Comunicação
Comunicação Social – 2013.2
Comunicação e Realidade Brasileira
MANGUEBEAT
Introdução
Ritmos locais e globais foram fundidos em um movimento com base pós-modernista, numa tentativa de “reação” ao complicado cenário recifense depois dos anos 80, da considerada “década perdida”. O intuito de aliar o regional à cultura internacional, principalmente a americana, pode ser identificado até no nome de um de seus líderes (“Chico”, que é um apelido comum e tipicamente regional, e “Science”, que além de ser uma palavra inglesa, representa a vanguarda e alude à tecnologia, aos novos tempos). O manguebeat representou uma tentativa de articulação das classes marginalizadas, sendo, portanto, um importante movimento de contracultura e de crítica social.
Influências modernistas e pós-modernistas no cenário pernambucano
O modernismo gerou um contexto no qual o conhecimento e a expressão se especializaram e a arte e a cultura como um todo passam a estar sob o domínio de um pequeno grupo de especialistas (pensadores, os próprios artistas, os críticos). Com a produção cultural dependendo da legitimação que só essa parcela poderia dar, aumentou a marginalização das culturas periféricas e, consequentemente, a negação da cultura urbana periférica. A modernidade no Brasil surge em relação intrínseca com a questão referente à identidade nacional. É fundamental no início do século XX, sobretudo em meio a vários movimentos regionais e regionalistas.
No nordeste brasileiro, mais especificamente em Pernambuco, durante quase todo o século XX a produção cultural estava voltada para a valorização e preservação das raízes da cultura nordestina, fazendo com que o estado passasse por um longo período com poucas mudanças. Os principais movimentos que surgiram durante este período foram o Regionalismo (que tinha a intenção de desenvolver o sentimento de unidade do Nordeste dentro dos novos valores modernistas, pregando a