Manejo integrado do mofo branco na cultura da soja
A ocorrência de doenças é um dos fatores mais limitantes no que diz respeito a produtividade, podendo causar prejuízos consideráveis. A significância dessas doenças oscila anualmente, variando de acordo com o clima, com a suscetibilidade das plantas e a ocorrência e disseminação dos patógenos (CAMARGO, 2014). O mofo branco, também conhecido como podridão branca da haste, está entre as principais doenças da cultura da soja, podendo causar perdas superiores a 50%. Seu agente causal é o fungo Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary, o qual possui um grande número de hospedeiros (CASSETARI NETO; MACHADO; SILVA, 2010). O seu ambiente favorável é aquele que apresenta temperaturas amenas e umidade do solo e do ar altas (PAULA JÚNIOR et al., 2010), no entanto, a doença pode ocorrer mesmo em temperaturas elevadas (CAMARGO, 2014). Os sintomas iniciais causados pelo mofo branco na soja são manchas de aspecto encharcado, que podem afetar toda a parte aérea da planta. Em condições de alta umidade, forma-se o micélio branco do fungo sobre o tecido afetado (Figura 1), as lesões se alastram, podendo evoluir até a morte da planta (JULIATTI, 2011).
Figura Micélio branco sobre o tecido afetado. Fonte: RuralPecuária (2014).
O patógeno produz estruturas de resistência, os escleródios (Figura 2), que podem garantir a sua sobrevivência na área, que depois de introduzido na lavoura, torna-se praticamente impossível erradicá-lo. Portanto, a principal medida de controle é a prevenção, evitando a sua entrada na área de cultivo (PAULA JÚNIOR et al., 2010). Depois de percebida a presença do patógeno deve-se realizar o manejo integrado da doença para que haja a redução da quantidade de inóculo na área (CAMARGO, 2014).
Figura 2 Escleródio ainda em formação. Fonte: Clubephytus (2014).
Métodos de controle
Controle cultural
O controle cultural de doenças de plantas consiste na manipulação de práticas visando a criar um ambiente desfavorável ao