Mancha alaranjada
Governo do Estado de São Paulo
Secretaria de Agricultura e Abastecimento
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
Instituto Biológico
Documento Técnico 005—Maio de 2010—p.1-8
Ferrugem alaranjada da cana-de-açúcar Josiane T. Ferrari (E-mail: takassaki@biologico.sp.gov.br); Ricardo Harakava (E-mail: harakava@biologico.sp.gov.br); Ricardo J. Domingues (E-mail: domingues@biologico.sp.gov.br);
Iêda M. L. Terçariol (tercariol@biologico.sp.gov.br)
Pesquisadores Científicos, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal, Av.
Cons. Rodrigues Alves, 1252, CEP 04014-002 – CEP 04014-002, São Paulo, SP.
Instituto Biológico—APTA
Documento Técnico 004—Abril de 2010—p.1-8
Disponível em www.biologico.sp.gov.br
1.
INTRODUÇÃO
A ferrugem laranja ou alaranjada da cana-de-açúcar, causada pelo fungo Puccinia kuehnii (P. kuehnii), é considerada, de acordo com a Instrução Normativa 41, de 1º de julho de 2008, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), como uma Praga Quarentenária Ausente ou A1, isto é, praga não presente no País. Porém, ela possui características de ser uma potencial causadora de danos econômicos quando introduzida, já que afeta as folhas da cana-de-açúcar reduzindo a capacidade de fotossíntese da planta e, em consequência, a produção de sacarose.
A ferrugem alaranjada da cana-de-açúcar, doença disseminada pelo ar e que há uma década dizimou a produção na Austrália (1990), onde 45% da área de cana eram ocupadas com variedade suscetível à ferrugem alaranjada, foi agora observada, pela primeira vez em 2010, no maior estado produtor do Brasil. O Estado de São Paulo detém 60% de toda a produção nacional, sendo o Brasil, que trabalha com 70% das variedades resistentes à praga, o maior produtor mundial de açúcar e etanol.
2.
DIAGNÓSTICO
Em dezembro de 2009, o MAPA solicitou ao Instituto Biológico, que possui laboratórios credenciados para diagnóstico de pragas quarentenárias,