CULTURA E ORGANIZAÇÕES NO BRASIL
No capítulo “Cultura e organizações no Brasil”, Fernando Motta fala a respeito da recente mudança na ideia de que existiam regras gerais aplicáveis em qualquer organização independente de seu contexto. Na verdade, o comportamento de cada organização é influenciado pela cultura na qual se insere, principalmente o comportamento de seus executivos que se baseia em suas crenças, atitudes e seus valores.
Sendo assim, é possível falar que existem diferentes estilos administrativos principalmente pelo fato dos seres humanos viverem em um mundo de significações que não são universais, ao contrário, são particulares e dão sentido às ações do indivíduo até mesmo no âmbito administrativo.
Geert Hofstede foi um estudioso que descobriu a importância da cultura nacional na explicação das diferenças em atitudes e valores relativos ao trabalho e por meio disso ele chegou à conclusão que operários, funcionários e empresários podiam ser distribuídos entre quatro dimensões básicas, são elas: individualismo e coletivismo, distância do poder, nível em que se evita a incerteza e masculinidade e feminilidade.
O individualismo se observa nas situações em que a pessoa toma conta apenas de si próprias ou daqueles mais próximos a ela, enquanto o coletivismo é caracterizado pela expectativa de segurança da pessoa no seu grupo tendo em troca a sua lealdade.
A distância do poder está relacionada à maneira de se encarar os níveis hierárquicos, isto é, se os subordinados passam por cima de um nível hierárquico entendendo essa ação como uma insubordinação ou como uma tentativa de melhor realizarem seus trabalhos.
Quanto à terceira dimensão – nível em se evita a incerteza– entende-se pela procura do indivíduo por estabilidade na carreira e a preocupação em evitar situações ambíguas.
A quarta e última dimensão, masculinidade e feminilidade, refere-se aos valores dominantes na sociedade. Se uma sociedade dá mais importância à aquisição de dinheiros e outras