Malária
As chamadas doenças parasitárias afetam hoje em dia uma grande parcela da população mundial, provocando muitas mortes e exercendo uma grande influência limitante na qualidade de vida e no desenvolvimento de muitos países.
Dentre as mais conhecidas se destaca a Malária, que está presente, atualmente, em praticamente todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo.
Causada pelo protozoário parasita do gênero Plasmodium e transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada, a malária é a doença infectocontagiosa tropical que mais causa problemas sociais e econômicos no mundo, somente superada em número de mortes pela AIDS.
Em aproximadamente 100 espécies do protozoário Plasmodium, somente quatro são responsáveis por infectar seres humanos: P. falciparum; P. vivax; P. ovale e P. malariae, sendo o primeiro o mais perigoso por causar a forma mais grave da Malária, a cerebral, que na maioria dos casos leva à morte.
Esta doença se caracteriza por causar febres intermitentes que, dependendo da espécie de plasmódio, ocorrem a cada dois os três dias, dores de cabeça, dores no corpo, anemia, icterícia e inchaço de fígado e baço. E no caso da malária cerebral, pode haver comprometimento progressivo do sistema nervoso central.
O tratamento da malária é complexo, longo e muitas vezes ineficaz devido à reinfecção do paciente, fenômeno muito comum em regiões endêmicas. Isto acontece porque muitas das estratégias sabidamente eficazes para o combate a esta doença são pouco acessíveis nos países endêmicos, como a educação da população de risco (principalmente, pessoas pobres), a quimioterapia eficiente, o controle do vetor por meio de inseticidas e o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas para evitar a infecção. Somando-se a isso, o rápido surgimento de cepas do P. falciparum resistentes aos antimaláricos atualmente disponíveis, a ineficácia das vacinas e o desinteresse das grandes indústrias farmacêuticas em desenvolver fármacos baratos