Malinoviski X Kuschnir

Malinoviski
X
KUSCHNIR
(“Malinowski - Os Argonautas do Pacífico”; “Karina Kuschnir - Pesquisas Urbanas”)

Ambos os autores em suas respectivas obras tratam sobre os métodos antropológicos e como um antropólogo deve trabalhar as questões sobre os grupos a serem estudados, a maneira de interpreta-los sem que se tomem por base os pensamentos anteriores do pesquisador. Malinoviski concentra sua atenção (dentro do livro “Os Argonautas do Pacífico”) principalmente na Kula, que é uma espécie de troca entre tribos sem nenhuma relação de lucro ou perda, porém o autor também trata do processo para conseguir uma imersão considerável em determinada comunidade. Kuschnir já é mais específica quanto o objetivo de seu trabalho, abordando mais os métodos de um antropólogo para interagir sem pré-conceitos com uma sociedade urbana. Para Kuschnir, a formação intelectual do pesquisador o permite desenvolver pesquisas em um meio urbano, pois, assim, pode vagar por vários mundos e mesmo assim não se englobar a nenhum. Malinoviski também pensa que o antropólogo deve ter um grande conhecimento e os métodos científicos e que o pesquisador deve viver dentro da comunidade pesquisada sem a ajuda de ninguém e utilizar de métodos para registrar a experiência. A diferença entre os dois, acredito eu que seja a questão de englobamento do pesquisador, para Malinoviski, o antropólogo deve viver e interagir como um nativo da sociedade estudada, ou seja, o pesquisador não pode se prender a apenas observar uma cultura, ele tem de participar dela, já de acordo com Kuschnir, o antropólogo tem um papel de analisador, alguém que apenas observa e não se envolve pessoalmente com o objeto de pesquisa. A semelhança é que ambos acreditam que um bom antropólogo que deseja fazer uma pesquisa correta sobre determinada sociedade deve ter um grande conhecimento teórico que o permitam ser neutros e que percam qualquer tipo de conceito adquirido anteriormente, além de que o pesquisador deve