Major Reis e a Constituição do Brasil enquanto Nação
O autor, Paulo Menezes, afirma em Major Reis e a Constituição do Brasil enquanto Nação a visão de Reis no serviço da construção de uma nação.
É pensado especificamente no documentário Ao Redor do Brasil, este que foi cuidadosamente montado, com uma soma de imagens de vários filmes de Reis, com ênfase na interação com os índios.
Menezes compara o Reis com o Debret no que diz respeito ao desafio de mostrar uma nação potente e moderna, “maquiando” as suas precariedades, omitindo o atraso e valorizando o progresso.
Havia uma grande diversificação de indígenas na mesma região, porém, para tornar os nativos parte da nação, era preciso “civilizá-los” antes. Um momento civilizatório que podemos destacar é quando lhe são ensinados a forma de comer, mas um índio se recusa a se enquadrar na cultura imposta. Outro exemplo, é quando os nativos são submetidos a medição de altura e uma índia demonstra estranheza à situação.
Cenas como essas são funcionais, para Reis, não era exatamente atos de rebeldia. Porque esses índios resistentes seriam colocados ali como parte de um começo da civilização no Brasil. Antes de serem brasileiros, precisam ser pacíficos e educados nos bons modos, condição da cidadania.
De início temos o rio Ronuro e a descida do rio em canoas. O primeiro contato com os índios da região, são apresentados alguns grupos como os camaiurás, auétis, etc .
Vale destacar algumas cenas em que índios nus são colocados em linha, vestindo calças e camisas, evidentemente, atrapalhados com o número de botões. Em seguida, uma cena pitoresca ("as mulheres também estavam vestidas com roupas de homem"): os próprios índios parecem vestir-se suas "esposas". Eles primeiro colocado nas camisas, nas quais elas não parecem se sentir muito confortável.
Neste ponto do processo de pacificação, não é necessário que os índios sejam diferentes do que são; é o suficiente para que os vemos a partir dos parâmetros estabelecidos