Maiores empreendedores da história
Francesco Antonio Maria Matarazzo, conde Matarazzo, nasceu em 9 de março de 1854, em Castellabate, uma pequena vila do sul da Itália, filho de Leo de Costabile Matarazzo e Mariangela Jovane, agricultores na região. Emigrou para o Império do Brasil, onde era mais conhecido como Francisco Matarazzo, neste país, mascate e, posteriormente, empresário.
Francesco, que sonhava com uma carreira militar, abandonara os estudos em Salerno para gerir os negócios da família. De certa forma, eis aí uma primeira explicação para o sucesso que fez no Brasil. Matarazzo já tocava negócios na Itália, tinha um pai com curso superior e havia estudado. Para facilitar, aportou num país onde menos de 2% da população de 17,4 milhões de brasileiros podia ser classificada como escolarizada. O Brasil era um país a ser construído industrialmente, pois não havia competitividade, importava-se de tudo: vidro, máquinas, ferro, cimento, batata, manteiga, toalha, cerveja, tinta, prego, papel. Até foice vinha do exterior. Aço e cimento só começariam a ser fabricados aqui na década de 20. A grande preocupação do governo federal na virada do século era reforçar a exportação agrícola, principalmente de café, açúcar, borracha e cacau, o ganha-pão da elite. Os imigrantes cumpriram um papel fundamental no processo de industrialização, tanto como operários quanto como empresários.
No início da sua chegada ao Brasil, com o pouco dinheiro que lhe sobrou se estabeleceu na cidade de Sorocaba, província de São Paulo, no comércio de secos e molhados. Alguns anos depois abriu uma empresa de produção e comércio de banha de porco. Em 1890, mudou-se para São Paulo e fundou, com os irmãos Giuseppe e Luigi, a empresa Matarazzo & Irmãos. Diversificou seus negócios e começou a importar farinha de trigo dos Estados Unidos da América. Em seguida, montou um armazém e uma pequena fábrica na qual resolveu produzir latas para acondicionar a banha a ser