Maias
Indicar as questões sociais retratadas (temas tratados, vícios, atitudes)
Identificar as personagens intervenientes (posições, atitudes reveladas por essas personagens)
No jornal A Corneta do Diabo havia sido publicada uma carta escrita por Dâmaso Salcede que insultava Carlos e expunha, em termos degradantes, a sua relação com Maria Eduarda.
Palma Cavalão revela o nome do autor da carta e mostra aos dois amigos o original, escrito pela letra de Dâmaso Salcede, a troco de "cem mil réis".
A parcialidade do jornalismo da época surge quando Neves, director do jornal "A Tarde", aceita publicar a carta na qual Dâmaso se retracta, depois da sua recusa inicial por confundir Dâmaso Salcede com o seu amigo político Dâmaso Guedes.
A mesma parcialidade surge na redacção de uma notícia sobre o livro do poeta Craveiro, por pertencer "cá ao partido" e mais ainda quando Gonçalo, um dos redactores insulta o Conde de Gouvarinho, mas logo depois diz que “É necessário, homem! Razões de disciplina e de solidariedade partidária”.
Critica:
O episódio dos jornais critica a decadência do jornalismo português que se deixa corromper, motivado por interesses económicos (A Corneta do Diabo) e demonstram uma preferência comprometedora de feições políticas.
Este episódio visa denunciar o baixo nível da imprensa lisboeta da época que se alimenta de factos da vida privada das pessoas, criticando a falta de ética dos jornalistas juntamente com a corrupção envolvida, sendo que se verifica ainda a vingança mesquinha e as amizades simuladas através das atitudes de Dâmaso e de Eusébio
A Corneta do Diabo aparece em Os Maias, de Eça de Queirós, como um jornal de maledicência e de escândalos. Onarrador afirma que "na impressão, no papel, na abundância dos itálicos, no tipo gasto, todo ele revelava imundície emalandrice" e, nas palavras de Eusebiozinho, "É um