MAIAS
A sociedade maia era organizada em clãs familiares fechados. Cada clã era integrado por linhagens de hierarquia distinta, de acordo com a distância que os separava de seu antecessor fundador, muitas vezes imposto através da violência de certos grupos sobre outros.
O termo ninja, ou “casa grande”, designava os patrilinajens agrupados em torno de um grande senhor. Ele servia para denominar o edifício principal onde moravam os líderes dos clãs.
Os parentes diretos do primogênito do fundador do clã ocupavam o lugar mais alto na pirâmide social.
Os reis divinos ocupavam a cúspide da sociedade de castas, seguidos pelos sacerdotes parentes, os guerreiros, os artesãos, os comerciantes e os camponeses.
No fim do Período Clássico, a sociedade se tornou ainda mais estratificada. A diferença do norte mexicano e as relações de parentesco se limitaram ao interior de cada casta.
Em 1566, o bispo de Mérida Frei Diego de Landa descreveu a organização social maia em seu livro Relação das Coisas de Yucatán.
Os almehenoobs ficavam na cúspide. Sua casta era integrada pela nobreza hereditária que controlava os principais cargos administrativos e militares. De qualquer forma, para subir de posto, tinham que fazer por merecer, mostrando méritos e aptidões através de um exame consistente que incluía decifrar enigmas e interpretar expressões figurativas denominadas “linguagem de Zuyúa”.
Os candidatos que fracassavam tinham que estar dispostos a morrer. Para aspirar ao poder, o indivíduo tinha que saber interpretar palavras e escrita. Como reza o livro de Chilam Balam, “Os chefes de aldeia são castigados pela noite porque não sabiam compreender... Por isso são enforcados e por isso cortam-lhe as pontas das línguas e por isso arrancam-lhes os olhos”.
Se o aspirante fosse eleito, ele era tatuado com pictogramas na garganta, no pé, e na mão.
No interior dos almehenoobs surgia o Halach uinic, “o verdadeiro homem”, um intermediário entre os parentes