Maias
Relação com a intriga: É neste episódio que Ega entra em contacto com o Sr. Guimarães, personagem que se revela fundamental para o final trágico da intriga.
Carlos e Ega vão ao sarau da Trindade ouvir o Cruges e o Alencar. Aí, ouvem o discurso de Rufino sobre a família real e Ega conhece Sr. Guimarães, o tio de Dâmaso.
Cruges toca, mas é um fiasco porque ninguém lhe ligou nenhuma por falta de entendimento.
" Parou junto de D. Maria da Cunha, apertada na mesma fila com todo um rancho íntimo, a marquesa de Soutal, as duas Pedrosos, a Teresa Darque. E a boa D. Maria tocou-lhe logo no braço, para saber quem era aquele músico de cabeleira.
– Um amigo meu – murmurou Ega. – Um grande maestro, o Cruges.
O Cruges... O nome correu entre as senhoras, que o não conheciam. E era composição dele, aquela coisa triste?
– É de Beethoven, sr.ª D. Maria da Cunha, a «Sonata Patética».
Uma das Pedrosos não percebera bem o nome da sonata. E a marquesa de Soutal, muito séria, muito bela, cheirando devagar um frasquinho de sais, disse que era a «Sonata Pateta». Por toda a bancada foi um rastilho de risos sufocados. A «Sonata Pateta»! Aquilo parecia divino! (…)" No sarau Alencar declamour o poema a "Democracia". Todos adoraram o que ele disse acerca do estado da política em Portugal. Mais tarde, quando Ega se ia embora, Guimarães apareceu dizendo lhe que tinha um cofre da mãe de Carlos para entregar à família, que esta lhe tinha pedido antes de morrer. No meio da conversa, Ega descobre que Carlos tem uma irmã, e Guimarães diz tê-los visto aos três numa carruagem: Carlos, Ega e a irmã, Maria Eduarda.
Guimarães entrega o cofre a Ega, que chocado com a verdade, decide pedir ajuda a Vilaça para contar tudo a Carlos.
Crítica Social:
Neste capítulo evidencia-se o gosto dos portugueses enraizados num sentimentalismo educacional e social ultrapassados. O Sarau literário é uma critica à superficialidade e a ignorância da classe dirigente. Uma total