Maias
OS MAIAS
(Capítulos I e II)
EÇA DE QUEIRÓS
Autor: Francisco Cubal
Ensino Secundário
1.
Como situar um excerto do primeiro ou segundo capítulo na estrutura da obra?
“O excerto em análise, pertencente à obra Os Maias, de Eça de Queirós, diz respeito à História da Família Maia (Titulo) e integra-se na intriga secundária, depois da Analepse.”
2.
Caracterização de algumas personagens intervenientes nesta parte da obra
Pedro da Maia:
Filho de Afonso da Maia e de Maria Eduarda Runa e pai de Carlos da Maia e de
Maria Eduarda, suicida-se após a sua esposa, Maria Monforte, ter fugido de casa com o napolitano (Tancredo) que acolheu em sua casa. Tem uma educação tipicamente portuguesa, o que vai contra com as ideias de seu pai. Em Londres a sua mãe tenta dar-lhe a educação mais beatificada possível (para o efeito, chama de Portugal o capelão do conde de Runa, o padre Vasques), e, por isso, torna-se um homem de aparência frágil e melancólico.
Era pequenino, face oval de "um trigueiro cálido", olhos belos – "assemelhavamno a um belo árabe". Valentia física. Pedro da Maia apresentava um temperamento nervoso, fraco e de grande instabilidade emocional. Tinha assiduamente crises de "melancolia negra que o traziam dias e dias, murcho, amarelo, com as olheiras fundas e já velho". Era o “herói romântico”. Eça de
Queirós dá grande importância à vinculação desta personagem ao ramo familiar dos Runa e à sua semelhança psicológica com estes. Pedro é vítima do meio baixo lisboeta e de uma educação retrógrada. O seu único sentimento vivo e intenso fora a paixão pela mãe, até se apaixonar por Maria Monforte, paixão que lhe dá até força para contrariar o pai. Apesar da robustez física, é de uma enorme cobardia moral (como demonstra a reacção do suicídio face à fuga da sua mulher).
Afonso da Maia:
O seu pai era Caetano da Maia, um português antigo e fiel que se benzia ao nome de Robespierre, e que na sua apatia de fidalgo beato e