Magia
CONCEITUANDO MAGIA
Analisa o conceito magia do ponto de vista antropológico, a partir da cosmovisão daquele que a pratica. A magia torna-se muitas vezes uma solução para os conflitos da vida por se basear na manipulação de elementos conhecidos ou fabricados pelo homem a fim de gerar efeitos desejados. Apresenta o pensamento de Malinowsky e Eliade sobre magia. Para Malinowsky a religião seria um desenvolvimento da magia, ou processo mágico, uma elaboração mais organizada e lógica da procura pelo divino ou do controle da vida. Já Eliade, acredita que a religiosidade humana está associada ao desejo de se controlar a vida, busca esta que passa pela magia, religiosidade e ciência. Para eles as respostas antes buscadas na magia são tratadas na religiosidade e as respostas buscadas na religiosidade possuem propostas de solução científicas. Mas o autor diz ser pouco provável que magia, religião e ciência sejam frutos de um estado evolutivo social. Percebe que em culturas existenciais, cerimoniais, centralizadas no homem e seus conflitos de hoje, há grave incidência de magia, que coloca de certa forma o homem no centro de seu universo. Entende que o padrão cultural, portanto, determina que tipo de resposta se procura ou se desenvolve fazendo com que magia, religião e ciência compartilhem o mesmo cenário de idéias mas não sejam em si, resultado de um estado evolutivo. Descreve a respeito do conceito de magia apresentado por vários autores, tai como, Tylor, Frazer, Lehmann e Mauss. Portanto, conceitua magia, como práticas coordenadas por um indivíduo ou a partir dele, com manipulação de elementos naturais, não em invocação espiritual personificada, com base na crença de que tal manipulação, segundo determinada técnica ou coberta por certo poder, poderá produzir, assim, o resultado esperado. Apresenta definições de algumas categorias de magia como branca e negra, imitativa,